A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) deixou o Brasil após ser condenada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) a 10 anos de prisão por invasão ao sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Em resposta, a Procuradoria-Geral da República (PGR) solicitou ao STF a prisão preventiva da parlamentar, o cancelamento de seus passaportes e sua inclusão na lista de difusão vermelha da Interpol.

Condenações e acusações

Zambelli foi condenada por sua participação em um ataque virtual que inseriu decisões judiciais falsas no sistema do CNJ, incluindo um mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. Além disso, ela responde por outro processo no STF relacionado à perseguição armada a um homem na véspera do segundo turno das eleições de 2022.

Saída do país e justificativas

Em entrevista, Zambelli afirmou que deixou o Brasil para tratar de questões de saúde relacionadas à síndrome de Ehlers-Danlos e que pretende se licenciar do mandato. Ela declarou que irá residir na Europa, onde possui cidadania, com o objetivo de denunciar o que considera “desmandos” do STF à comunidade internacional.

Reações e medidas da PGR

A PGR considera a saída da deputada como uma tentativa de fuga da execução da pena e solicitou medidas ao STF para garantir a aplicação da justiça. O pedido de prisão preventiva está sob análise do ministro Alexandre de Moraes.

Suplência na Câmara dos Deputados

Caso a licença de Zambelli ultrapasse 120 dias, ela será substituída na Câmara pelo suplente Coronel Tadeu (PL-SP), ex-deputado federal e defensor do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

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