Ferramentas de Inteligência Artificial (IA), como o ChatGPT, se tornaram cada vez mais presentes no dia a dia dos estudantes. Seja para tirar dúvidas, resumir conteúdos ou ajudar na organização dos estudos, a tecnologia tem sido uma aliada importante. No entanto, especialistas alertam: o uso exagerado pode prejudicar o desenvolvimento da escrita, da interpretação de texto e da autonomia intelectual.
Nos últimos anos, professores têm observado que alguns alunos passaram a depender da IA para executar tarefas que deveriam ser desenvolvidas durante o processo de aprendizagem, como formular argumentos, construir textos e resolver problemas. A preocupação é que, ao substituir essas etapas, o estudante deixe de exercitar habilidades essenciais.
De acordo com educadores, a IA não é inimiga do aprendizado — o problema está na forma como é utilizada. Quando usada com orientação, ela pode ampliar o acesso ao conhecimento, facilitar revisões e ajudar a estruturar estudos. Porém, quando se torna um atalho para evitar pensar, o prejuízo é inevitável.
Como usar a IA de forma responsável nos estudos
- Use a IA como apoio, não como substituta.
Ela pode ajudar a explicar um conteúdo que ficou difícil, mas não deve fazer o trabalho por você. - Peça para a IA explicar “como fazer”, ao invés de “fazer por você”.
Exemplo: peça dicas de estrutura de redação, e não a redação pronta. - Escreva primeiro, revise depois com ajuda da IA.
O texto pode ser aprimorado, mas a ideia deve nascer do estudante. - Utilize a IA como ferramenta de pesquisa e comparação.
Pergunte: “Me dê pontos de vista diferentes sobre esse tema”. - Faça anotações próprias.
Estudar não é só ler — é registrar e refletir.
A tecnologia, quando bem utilizada, pode democratizar o conhecimento e tornar o aprendizado mais acessível. No entanto, o desafio é manter o equilíbrio entre receber apoio e continuar desenvolvendo as capacidades humanas que nenhuma máquina pode substituir: criatividade, interpretação e pensamento crítico.
Foto: Vecteezy



