A literatura fluminense acaba de ganhar uma nova e promissora voz. Com apenas 16 anos, Rebeca Andrade, aluna do Ciep 128 Magepe Mirim, em Magé, realizou o sonho de lançar seu primeiro livro. A jovem autora apresentou a obra “Cicatrizes Invisíveis” na Bienal do Livro Rio 2025, o maior festival literário do país, onde compartilhou com o público suas inspirações e o processo de escrita que começou ainda na infância.
“Escrevo desde muito nova, mas só agora tive a oportunidade de publicar meu primeiro livro. Me inspiro nas pessoas ao meu redor e nas experiências da vida real”, contou Rebeca, que cursa a 2ª série do Ensino Médio, na formação de normalista.
Com 140 páginas, o livro mistura drama e suspense. A história se passa nos Estados Unidos e acompanha Annelise, uma adolescente que, após a morte da mãe, mergulha em um turbilhão de conflitos familiares e segredos dolorosos do passado. Rebeca teve a ideia da narrativa aos 12 anos e, desde então, não parou de desenvolver seu talento com as palavras.
A estreia da escritora foi celebrada com entusiasmo pela comunidade escolar. A escola organizou um evento literário com a participação da autora Luciana Mariz e levou cinco ônibus lotados de alunos e professores para acompanhar Rebeca na Bienal, no Riocentro, Barra da Tijuca.
“Cada um de nós se sente representado e inspirado a seguir Rebeca. Ela tem nos ensinado que tudo é possível quando acreditamos nos nossos sonhos”, destacou Sidnéa Coelho de Oliveira Meschken, diretora-adjunta do Ciep e educadora com 45 anos de trajetória, sendo 18 na unidade.
A Bienal do Livro deste ano acontece em meio ao reconhecimento do Rio de Janeiro como Capital Mundial do Livro pela Unesco. O evento, que vai de 13 a 22 de junho, promove o encontro entre narrativas, autores e leitores, fomentando o poder transformador da literatura.
A jovem escritora, que já pensa em projetos futuros, quer aproveitar o momento: “Fico feliz por ter publicado o livro e espero que essa história possa tocar e ajudar quem estiver lendo.”