O mais recente Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) revelou que as cidades do Norte Fluminense continuam destinando baixos percentuais de suas receitas para investimentos públicos. Embora a região tenha alcançado média de 0,5998 ponto no indicador de Investimentos, a maioria dos municípios permanece em nível crítico, bem abaixo da média nacional de 10,2% de aplicação da receita.
O levantamento mostra que Macaé é exceção, combinando boa autonomia e percentual expressivo de investimentos. Em contraste, São Francisco de Itabapoana apresentou forte dependência de transferências intergovernamentais e terminou 2024 em situação fiscal considerada crítica, com nota zero em Autonomia. Campos dos Goytacazes, maior município da região, registrou boa gestão fiscal, mas ainda sofre com baixa destinação de recursos para investimentos.
Para o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano, os números preocupam ainda mais porque refletem um cenário de 2024, quando havia conjuntura econômica favorável e maior repasse de recursos para os municípios. “Não podemos aceitar que, mesmo com condições positivas, a maioria das cidades não invista no seu desenvolvimento. É preciso maior compromisso com o dinheiro público”, destacou.
O estudo ainda apontou que, apesar da fragilidade no quesito investimentos e autonomia, as cidades do Norte Fluminense apresentaram excelência em Gastos com Pessoal (0,8269 ponto) e boa performance em Liquidez (0,7257 ponto), sugerindo maior flexibilidade orçamentária e capacidade de planejamento.
No estado do Rio de Janeiro, foram avaliadas as contas de 83 municípios. Apenas Niterói atingiu a nota máxima no IFGF, enquanto Macaé, São João da Barra, Angra dos Reis e Volta Redonda também alcançaram classificação de excelência.
O IFGF é formado pelos indicadores de Autonomia, Gastos com Pessoal, Investimentos e Liquidez, analisando dados de 5.129 municípios. Os resultados variam de zero a um ponto e classificam as cidades em quatro níveis: crítico, em dificuldade, boa gestão e excelência.
Com informações da Ascom

