Delegado afirma que falta de CNH qualifica o crime; colisão deixou duas pessoas mortas e quatro feridas
O motorista do caminhão que se envolveu na colisão com uma van no km 15 da BR-101, em Campos dos Goytacazes, foi indiciado por homicídio culposo na direção de veículo automotor. A informação foi confirmada nesta sexta-feira (14) pelo delegado responsável pelo caso, Ronaldo Cavalcante, da 146ª Delegacia de Polícia.
O acidente ocorreu na tarde de quarta-feira (29) e resultou em duas mortes: A.N.B., de 83 anos, que faleceu horas após chegar ao Hospital Ferreira Machado (HFM), e P.B.A., de 54 anos, que não resistiu aos ferimentos e morreu na madrugada de sexta-feira (31). Outras quatro pessoas permanecem internadas, sendo três delas em estado grave.
Segundo a investigação, o motorista do caminhão, que não possuía Carteira Nacional de Habilitação (CNH), relatou ter perdido o controle do veículo, atravessando a pista e atingindo a van, pertencente ao Setor C do transporte municipal. O delegado destacou que a ausência de habilitação já configura majoração no crime de homicídio culposo.
O condutor afirmou ainda que deixou o local por medo de ser linchado, devido à aglomeração formada após o impacto. Cavalcante explicou que, por esse motivo, não houve causa de aumento por omissão de socorro.
O motorista havia sido parado em uma operação da Lei Seca no Rio de Janeiro no início da semana. Apesar disso, continuou conduzindo o caminhão que acabou se envolvendo no acidente.
Equipes da Arteris Fluminense, Corpo de Bombeiros e Samu atuaram no socorro às vítimas. A maioria dos feridos foi encaminhada ao Hospital Ferreira Machado. De acordo com o Instituto Municipal de Trânsito e Transportes (IMTT), a van estava regularizada e devidamente vistoriada. O município segue prestando apoio às famílias das vítimas.
Cavalcante informou que o inquérito está concluído e será encaminhado ao Poder Judiciário. A decisão final sobre a responsabilização criminal caberá ao Ministério Público e ao Judiciário. “O inquérito é um procedimento preparatório para a ação penal subsequente”, afirmou.
Foto Reprodução G1


