Uma das engrenagens do sistema bancário brasileiro sofreu um abalo nesta semana: a C&M Software, empresa que presta serviços de tecnologia para operações do PIX, foi alvo de um ataque hacker de grandes proporções. A ofensiva cibernética comprometeu sistemas internos e dados bancários sensíveis, incluindo o acesso a contas de reserva que instituições financeiras mantêm junto ao Banco Central.
Apesar da gravidade, o PIX em si não foi afetado — ou seja, o sistema de transferências instantâneas usado por milhões de brasileiros continua funcionando normalmente.
Após reforços de segurança e auditorias técnicas, a C&M recebeu autorização do Banco Central para retomar suas atividades nesta quinta-feira (3). A empresa passou por uma paralisação preventiva, o que levou a instabilidade em serviços bancários de alguns clientes corporativos.
Segundo o Banco Central, o ataque foi detectado e contido sem comprometer a integridade do sistema PIX, mas o episódio acendeu o sinal de alerta sobre a vulnerabilidade das empresas que atuam como ponte entre bancos e sistemas financeiros federais.
🔐 O que são as contas de reserva?
As contas de reserva são mantidas pelos bancos no Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB), controlado pelo Banco Central. Elas funcionam como uma espécie de “cofre digital” que garante liquidez e segurança para operações de grande porte, como TEDs, pagamentos eletrônicos e o próprio PIX.
⚠️ O que aconteceu, afinal?
O ataque comprometeu o ambiente digital da C&M Software, mas não conseguiu invadir o núcleo do PIX ou do sistema financeiro nacional. Ainda assim, o incidente expôs a fragilidade de intermediários tecnológicos que conectam bancos, fintechs e plataformas digitais às engrenagens centrais da economia.
A investigação segue sob monitoramento de órgãos reguladores e autoridades de segurança digital.