Um novo estudo do Instituto de Energia e Meio Ambiente (Iema), com apoio do Observatório do Clima (OC), aponta que o Brasil tem potencial para dobrar a produção de biocombustíveis até 2050 sem a necessidade de desmatamento. O levantamento, intitulado “Biocombustíveis no Brasil: Alinhando Transição Energética e Uso da Terra para um País Carbono Negativo”, mostra que a expansão pode ser feita utilizando apenas áreas de pastagens degradadas.

De acordo com os pesquisadores, cerca de 56 milhões de hectares de pastagens degradadas podem ser recuperadas para a agricultura — sendo entre 20 e 35 milhões de hectares suficientes para suprir a demanda por etanol, biodiesel e bioquerosene no futuro.

A proposta indica que o país tem condições de reduzir até 92% das emissões de gases de efeito estufa no setor energético, ao mesmo tempo em que garante segurança alimentar e mantém a preservação ambiental.

O estudo também reforça a importância de políticas públicas de incentivo à recuperação de pastagens, diversificação de matérias-primas e estímulo à produção de biocombustíveis de segunda geração, como o etanol produzido a partir do bagaço da cana.

Com a proximidade da COP30, que será realizada no Brasil em novembro de 2025, o relatório busca contribuir com o debate global sobre transição energética e sustentabilidade, destacando o papel estratégico do país na produção de energia limpa e renovável.

Com informações da Agência Brasil Foto REUTERS/Amanda Perobelli

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