Pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, anunciaram o desenvolvimento de um dispositivo inovador que pode revolucionar a forma como doenças são diagnosticadas. Apelidado de “bafômetro da saúde”, o equipamento tem potencial para identificar sinais de doenças como câncer, infecções pulmonares e até condições metabólicas por meio da simples análise do ar exalado pelos pacientes.
A tecnologia é baseada na leitura de compostos orgânicos voláteis presentes na respiração humana. Esses compostos variam de acordo com o funcionamento do organismo e, em muitos casos, revelam alterações associadas ao início ou à presença de doenças. O dispositivo funciona com sensores químicos ultrassensíveis, que detectam essas partículas em concentrações extremamente baixas, o que pode garantir um diagnóstico precoce — muitas vezes antes mesmo dos sintomas se manifestarem de forma mais evidente.
De acordo com os cientistas envolvidos, a principal vantagem está na simplicidade e rapidez do exame, que não é invasivo e pode ser feito em poucos minutos, sem necessidade de laboratório ou procedimentos caros. A proposta é que, no futuro, o equipamento possa ser utilizado em consultórios médicos, clínicas populares, postos de saúde e até em casa, com resultados enviados diretamente para uma plataforma médica por meio de aplicativos.
Especialistas em saúde pública veem a iniciativa como uma oportunidade de democratizar o acesso a diagnósticos precoces, especialmente em regiões com estrutura médica limitada. “É como se fosse um exame de sangue feito com a respiração”, afirmou um dos pesquisadores à imprensa britânica.
O dispositivo ainda está em fase de testes clínicos e deve passar por rigorosas etapas de aprovação antes de ser disponibilizado comercialmente. No entanto, os primeiros resultados são promissores e já despertaram o interesse de órgãos internacionais de saúde e empresas da área de tecnologia médica.
A expectativa é de que a inovação contribua não apenas para salvar vidas com diagnósticos mais rápidos, mas também para aliviar os sistemas de saúde com redução de exames invasivos, filas e custos.

