A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) instituiu um conjunto mais rígido de normas em sua autorregulação, com o objetivo de impedir que contas-correntes sejam usadas como instrumentos para atividades ilícitas. Entre as principais medidas estão o encerramento imediato de “contas-laranja” — aquelas abertas ou usadas por terceiros para receber ou movimentar recursos — e de contas de empresas de apostas online que operam sem autorização da Secretaria de Prêmios e Apostas (SPA).
Segundo a Febraban, bancos e fintechs que não cumprirem as novas exigências estarão sujeitos a sanções, que vão desde advertências e ajustes de conduta até a exclusão do sistema de autorregulação. A iniciativa busca fortalecer o compromisso do setor bancário com a integridade, o combate à lavagem de dinheiro, fraudes, golpes cibernéticos e o financiamento de atividades criminosas.
O presidente da Febraban, Isaac Sidney, afirmou que “nenhuma instituição financeira pode ser tolerante com brechas na entrada ou na permanência de criminosos no setor”. “Contas bancárias não podem ser esconderijo para abrigar, guardar e lavar dinheiro da criminalidade”, completou.
Com a nova legislação de autorregulação, os bancos ficam obrigados a adotar políticas de verificação rigorosa de novos clientes, retirar a manutenção de contas suspeitas, monitorar transações automaticamente e reportar ao sistema financeiro casos de irregularidade. A Febraban destacou que cerca de 40% do mercado de apostas (“bets”) opera de forma clandestina no país, o que representa uma vulnerabilidade ao sistema financeiro.
Essas mudanças marcam um passo importante para o setor bancário brasileiro na busca por maior transparência e segurança, alinhando os esforços internos ao controle regulatório externo e à luta contra o crime organizado.
Com informações do Valor Econômico – Foto: Divulgação

