Às vésperas da COP 30 – que será realizada em Belém, de 10 a 21 de novembro, o mercado financeiro mostra sinais de engajamento crescente com a sustentabilidade. Dados da Anbima revelam que, em julho de 2025, os fundos de investimento sustentável (IS) somaram R$ 36,8 bilhões de patrimônio líquido, representando um impressionante crescimento de 48,4% em relação a dezembro de 2024 e de 89% em comparação ao mesmo mês do ano anterior.

A captação líquida já ultrapassa os R$ 8 bilhões neste ano, superando os R$ 9,4 bilhões totais de 2024. O número de contas também cresceu significativamente, de 80,4 mil em dezembro para 149,8 mil em julho.

Apesar do avanço, os fundos IS ainda representam apenas 0,37% do total da indústria de fundos, permanecendo num território de nicho. Carlos Takahashi, da Anbima, ressalta que os investidores nesse segmento têm visão de longo prazo e reforça a importância da leitura consciente desses produtos.

Além disso, o setor passa por transformações:

  • Renda fixa lidera com R$ 23,8 bilhões (65% do total) e saltou 170,7% em um ano;
  • Fundos de participação e FIDC dobraram ou mais seu capital comprometido;
  • FIPs dentro da classe ESG cresceram 246% no período.

Esse movimento acontece justamente quando o Brasil se prepara para sediar a COP 30 em Belém, trazendo a Amazônia ao centro das negociações climáticas globais. Apesar dos desafios logísticos reportados – como a insuficiência de hospedagem para delegados internacionais – o país reafirma seu compromisso com o diálogo climático global.

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