Fábrica foi interditada na Cidade de Deus e responsável encaminhado à delegacia; laudos da Cedae confirmaram contaminação por coliformes fecais.
O Governo do Estado do Rio de Janeiro realizou nesta segunda-feira (20/05) uma operação para combater a comercialização de gelo contaminado que estava sendo distribuído em quiosques e bares das praias da Barra da Tijuca e do Recreio, na Zona Oeste da capital.
Coordenada pela Polícia Civil e pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea), a ação fiscalizou duas empresas, uma fábrica localizada na Cidade de Deus e uma distribuidora na Barra da Tijuca, que dominam boa parte do abastecimento de gelo nessas regiões. A fábrica foi interditada, e um dos responsáveis foi encaminhado à delegacia.
Segundo laudos realizados pela Cedae, foram identificados coliformes fecais e outras substâncias nocivas à saúde nas amostras de gelo coletadas. O laboratório móvel da companhia esteve presente na operação, com técnicos realizando novas análises no local.
— Estamos falando de um crime grave contra a saúde pública. O Governo do Estado está atuando com firmeza para coibir práticas ilegais que colocam em risco a população — declarou o governador Cláudio Castro.
A operação também contou com o apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (CORE), da Cedae e de concessionárias de água e energia, que investigaram a regularidade do consumo dos serviços nos endereços vistoriados.
O secretário de estado do Ambiente, Bernardo Rossi, afirmou que empresas clandestinas vêm sendo monitoradas desde o ano passado:
— Estamos desde 2023 fiscalizando fábricas que vendem gelo sem o menor controle sanitário. Muitas são clandestinas, sem qualquer credenciamento. Nosso foco é proteger o consumidor e o meio ambiente — disse ele.
A operação desta segunda-feira é um desdobramento de fiscalizações iniciadas em fevereiro, quando amostras do gelo vendido por cinco empresas da região foram analisadas. A fábrica interditada já havia sido identificada como fornecedora de gelo impróprio para consumo.