A Petrobras anunciou nesta semana um pacote de R$ 33 bilhões em investimentos no estado do Rio de Janeiro, com previsão de gerar 38 mil empregos diretos e indiretos ao longo dos próximos anos. O anúncio foi celebrado por entidades sindicais como o Sindipetro-NF e a Federação Única dos Petroleiros (FUP), que há anos defendem uma retomada robusta dos investimentos no estado, com foco na geração de empregos de qualidade e valorização da cadeia produtiva nacional.
O plano de investimentos da companhia abrange projetos estratégicos nas áreas de exploração e produção, refino, gás e energia, além de iniciativas ligadas à transição energética, como o desenvolvimento de biocombustíveis e tecnologias de captura e armazenamento de carbono.
Segundo a estatal, o montante será aplicado majoritariamente em infraestrutura offshore, modernização de refinarias, desenvolvimento de novos campos e revitalização de unidades em operação. Grande parte da movimentação se concentrará nas bacias de Campos e Santos, além de investimentos no Comperj e no Porto do Açu, ampliando a presença da empresa no Norte Fluminense.
Emprego e conteúdo local em pauta
O Sindipetro-NF, que representa os petroleiros da região, destacou a importância da medida:
“Essa é uma vitória da luta coletiva. O investimento da Petrobras no estado do Rio não é só uma questão econômica, é social, é sobre soberania e valorização da engenharia nacional”, afirmou em nota a diretoria do sindicato.
A FUP também reforçou o papel histórico da categoria na cobrança de investimentos que valorizem o conteúdo local, incentivando a indústria naval, metalúrgica, de serviços e logística nacional, como forma de aquecer a economia e reduzir a dependência externa.
Reindustrialização e soberania energética
Para o Governo do Estado do Rio de Janeiro, o anúncio representa um passo significativo no processo de reindustrialização e retomada do protagonismo fluminense no setor energético nacional. A expectativa é que os investimentos contribuam para reduzir os índices de desemprego, especialmente em regiões historicamente ligadas à cadeia do petróleo, como a Região Norte Fluminense, Baixada e Costa Verde.
Além disso, a Petrobras reforçou seu compromisso com práticas ambientais responsáveis e projetos que dialoguem com a transição energética justa, respeitando acordos internacionais e promovendo desenvolvimento sustentável.