Na manhã desta sexta-feira (18/07), a Polícia Federal, em cumprimento a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), realizoumandados de busca e apreensão na residência de Jair Bolsonaro no Jardim Botânico, em Brasília, e também na sede nacional do Partido Liberal (PL) . A ação faz parte do inquérito que investiga suposto planejamento de golpe contra o resultado das eleições de 2022.
Conforme informações divulgadas por veículos como CBN e UOL, a PF cumpriu dois mandados e, além disso, foi determinada uma série de medidas cautelares contra o ex‑presidente. Entre elas estão:
uso de tornozeleira eletrônica;
recolhimento domiciliar entre 19h e 7h;
proibição de uso de redes sociais e comunicação com diplomatas, embaixadas e outros réus do processo .
Segundo a coluna de Camila Bonfim, o monitoramento via tornozeleira foi motivado por temor de que Bolsonaro tentasse pedir asilo político nos Estados Unidos .
A operação, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, reforça o caráter cautelar do inquérito no STF em relação à suposta articulação golpista após as eleições, que já rendeu acusações como tentativa de golpe e associação criminosa .
O que muda na rotina de Bolsonaro
Fica “preso” ao domicílio durante as noites e madrugadas;
Não pode se comunicar com diplomatas e investigados;
Redes sociais estão suspensas como meio de comunicação.
Essas restrições têm o objetivo de garantir o andamento do processo no STF, sem risco de interferência externa. Ainda não há previsão para seu cumprimento ou audiência.
Até o momento, a defesa de Bolsonaro e líderes do PL não divulgaram posicionamento oficial. No entanto, fontes relatam que há mobilização política em apoio ao ex‑presidente e críticas à operação, com o ex‑presidente dos EUA Donald Trump classificando a ação como parte de uma “witch hunt” contra Bolsonaro .
Essa ação da PF, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, representa um marco no inquérito que investiga a trama golpista de 2022. A imposição de tornozeleira e outras restrições visam assegurar que brasileiros, sobretudo um ex-presidente, não utilizem sua influência para interferir no processo legal em curso. A repercussão indica forte mobilização política em defesa de Bolsonaro, o que pode aquecer a polarização precoce em plena pré‑campanha eleitoral.
Foto Reprodução Reuters