Uma força-tarefa formada pela Polícia Civil do Rio de Janeiro e pelo Ministério Público deflagrou nesta quarta-feira (2) a Operação Infractio, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada no furto de petróleo bruto. A ação ocorre no estado de Minas Gerais e, até o momento, já resultou na prisão de dois suspeitos apontados como integrantes do grupo.
A investigação foi conduzida pela Delegacia de Defesa dos Serviços Delegados (DDSD) e teve início após uma tentativa de furto ocorrida em agosto do ano passado, na região de Rio das Flores. Durante as diligências, os agentes descobriram um túnel escavado com cerca de sete metros de extensão, construído para alcançar clandestinamente os dutos de transporte de petróleo. A estrutura estava localizada perigosamente próxima ao Rio Paraíba do Sul, o que levantou preocupações sobre os riscos de um vazamento e suas consequências ambientais.
De acordo com a Polícia Civil, o grupo criminoso vinha agindo de forma contínua e articulada ao longo dos últimos anos, mesmo após ser alvo de outras operações. O inquérito apontou que a quadrilha utilizava tecnologias sofisticadas para burlar a identificação: veículos alugados em nome de terceiros, movimentações financeiras por meio de laranjas e até comunicações criptografadas eram parte do modus operandi.
— Furtar petróleo é um crime de alto impacto, tanto para o Estado quanto para a população. Além do prejuízo financeiro, há o risco ambiental de grandes proporções. A atuação conjunta da Polícia Civil e do Ministério Público tem sido fundamental para desarticular essas estruturas criminosas — afirmou o governador Cláudio Castro.
A tentativa de subtração de petróleo, frustrada pela resposta rápida dos agentes e da equipe de segurança da empresa exploradora da área, evitou um possível desastre ambiental, especialmente pela proximidade com o manancial que abastece milhões de pessoas em três estados brasileiros.
Segundo a DDSD, outros integrantes do grupo já foram identificados e também estão na mira da Justiça. Eles são apontados como responsáveis por dar suporte logístico à quadrilha, custeando despesas operacionais e ajudando a encobrir a identidade dos líderes.
A Operação Infractio segue em andamento, e a expectativa é de novas prisões e revelações nos próximos dias.