O julgamento da trama golpista contra Jair Bolsonaro e sete ex-assessores começou nesta terça-feira (2) na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), com a leitura do relatório do ministro relator Alexandre de Moraes, seguido da sustentação da acusação feita pelo procurador-geral da República, Paulo Gonet.

A abertura do julgamento

  • Relator Alexandre de Moraes iniciou os trabalhos reafirmando a independência da Justiça brasileira diante de pressões políticas externas. Em seguida, fez uma análise detalhada da ação penal, que provavelmente visa atingir 30 anos de pena para os acusados.Agência Brasil
  • Procurador-geral Paulo Gonet sustentou que houve um plano coordenado de golpe, argumentando que a trama começou com ataques alvos ao sistema eleitoral e a mobilização das instituições, culminando nos eventos de 8 de janeiro. Todos os acusados responderão por crimes graves, como golpe de Estado e organização criminosa armada.Agência Brasil

Argumentos da Defesa

  • Mauro Cid: sua defesa alegou que o delator agiu de boa-fé e destacou que foi essencial para desvelar a trama, tornando impróprio inviabilizar sua delação.Agência Brasil
  • Alexandre Ramagem: negou ter agido sob orientação de Bolsonaro ao defender voto impresso, afirmando que apenas anotava ideias sem repassá-las ao ex-presidente.Agência Brasil
  • Almir Garnier: a defesa disse que o ex-comandante da Marinha não colocou tropas à disposição do golpe, mas reconheceu Moraes como “homem que resolve problemas”.Agência Brasil
  • Anderson Torres: afirmou que convocou reuniões para desmobilizar protestos pós-eleição e cooperou voluntariamente com as investigações, entregando senhas e e-mails como prova de boa-fé.Agência Brasil

O julgamento será retomado nesta quarta-feira (3), com a continuação das sustentações orais. As sessões devem se estender até o dia 12, quando a sentença poderá ser anunciada.

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