A primeira aplicação da Prova Nacional do Docente (PND) na UENF, em Campos dos Goytacazes, realizada neste domingo (26), ficou marcada por relatos de forte desorganização. Conforme participantes, o campus enfrentou falta de salas de aula, carteiras e fiscais, além de pacotes de material supostamente violados antes da aplicação.
Candidatos que chegaram para a prova encontraram corredores improvisados e mudanças de última hora no local de prova. “Foi caótico, realocaram candidatos, abriram salas que não tinham carteiras…”, relatou um participante que pediu anonimato. Segundo ele, as falhas iniciais geraram aglomerações e tensão.
A Polícia Federal chegou a ser acionada após denúncias de irregularidades. A instituição está verificando se houve violação no lacre de pacotes das provas ou acesso inadequado aos ambientes de aplicação por pessoas não autorizadas.
Em nota, a UENF reconheceu “problemas pontuais na infraestrutura de aplicação da PND” e afirmou que “está colaborando com as autoridades e com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep)” para a adoção de medidas que garantam transparência e segurança da avaliação.
Especialistas em educação ressaltam que, além da frustração individual, falhas logísticas desse tipo podem comprometer a credibilidade da avaliação, que tem como objetivo levantar parâmetros nacionais de formação docente. A PND reúne mais de 1 milhão de inscritos no país, segundo o Inep.
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