Na cidade de Itaperuna, no Noroeste Fluminense, um adolescente de apenas 14 anos confessou ter matado os pais — de 45 e 37 anos — e o irmão mais novo, uma criança de apenas 3 anos. Maquiavelicamente, ele esperou os pais dormirem, pegou a arma que já estava previamente escondida debaixo da cama, e atirou na família. Frio, ele disse que “faria tudo de novo”.
O motivo? Os pais não aceitavam um eventual namoro virtual que ele mantinha com uma mulher de 28 anos do Estado do Mato Grosso, que conheceu por meio de um jogo online. Além do relacionamento, a polícia investiga uma possível motivação financeira e se houve a participação da namorada: o menor sabia que, com a morte do pai, poderia sacar mais de R$ 30 mil do FGTS. Ele chegou a pesquisar na internet como ter acesso ao dinheiro.
Após o triplo homicídio, o adolescente limpou o chão, arrastou os corpos e jogou todos numa cisterna. Mentiu para os avós, inventou uma história e até a verdade vir à tona, agiu normalmente como se nada tivesse acontecido…
Guardadas as devidas proporções, é impossível não lembrar o caso Richthofen, em São Paulo (2002), quando Suzane e os irmãos Cravinhos, Daniel e Cristian, mataram os pais dela com requintes de crueldade. O motivo: o romance com Daniel e interesses financeiros. Suzane foi condenada a 39 anos e hoje está em liberdade, com outro nome.
A história parece que volta a se repetir, mas com personagens diferentes. O que leva um jovem a matar a própria família? Frieza? Falta de empatia? Ou um grito ignorado por todos? A Justiça precisa agir, mas os pais também. Internet sem supervisão é terra sem lei.
O perigo pode morar na tela de um celular ou de um computador e muitas vezes dentro do próprio lar. Internet sem controle e sem limites vai criando monstros em silêncio.
(Alexandre Paiva)
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