O Dia Mundial Sem Carro, celebrado em 22 de setembro, busca conscientizar a população e os gestores públicos sobre a necessidade de repensar o modelo de mobilidade urbana, incentivando o uso de transportes alternativos ao automóvel particular.
A data surgiu na França, nos anos 1990, e se espalhou pelo mundo como um movimento em defesa da qualidade de vida nas cidades. O objetivo é reduzir a poluição, o tráfego intenso e estimular hábitos mais sustentáveis, como caminhar, pedalar ou usar o transporte coletivo.
Mobilidade em Campos
Campos dos Goytacazes, maior município do interior do Rio de Janeiro, tem uma característica que poderia favorecer a adesão ao movimento: sua geografia plana, ideal para o uso da bicicleta. Não à toa, muitos campistas já utilizam o modal como principal meio de transporte.
Entretanto, especialistas e usuários destacam que o transporte público ainda é um dos maiores entraves para uma mudança de hábitos. A falta de conforto, atrasos constantes e a limitação de linhas em horários estratégicos dificultam que trabalhadores e estudantes possam deixar o carro em casa.
“Se tivéssemos ônibus pontuais e confortáveis, muita gente poderia repensar o uso diário do automóvel, contribuindo para reduzir o trânsito e a poluição”, comenta um morador do Parque Leopoldina.
Dicas e alternativas para as cidades
- Ciclovias e infraestrutura segura: incentivar o uso da bicicleta exige vias adequadas, iluminação e sinalização.
- Transporte público eficiente: linhas bem planejadas, veículos modernos e cumprimento rigoroso de horários são fundamentais.
- Campanhas educativas: estimular pedestres, motoristas e ciclistas a respeitarem as regras de trânsito.
- Integração de modais: incentivar sistemas que combinem ônibus, bicicletas e até aplicativos de transporte, criando alternativas ao carro.
- Espaços urbanos humanizados: ruas mais acessíveis, calçadas bem cuidadas e incentivo ao caminhar.
O Dia Mundial Sem Carro é, portanto, uma oportunidade para refletir sobre a cidade que temos e a cidade que queremos. Em Campos, a bicicleta já é protagonista, mas o desafio segue sendo melhorar o transporte público e criar condições para que o deslocamento sustentável seja realmente uma opção viável para todos.

