O Rio de Janeiro registrou em 2024 um valor de produção de R$ 58,3 milhões na silvicultura e extração vegetal, praticamente estável em relação ao ano anterior, segundo dados da Pesquisa da Produção da Extração Vegetal e da Silvicultura (PEVS) divulgada nesta quinta-feira (25) pelo IBGE.
A madeira em tora segue como o principal produto do setor, responsável por R$ 35 milhões do total. A produção de lenha representou R$ 21,7 milhões, enquanto o carvão vegetal respondeu por R$ 1,5 milhão.
Entre os municípios que mais se destacaram, São Francisco do Itabapoana lidera com R$ 19,6 milhões, seguido por Duas Barras (R$ 5,1 milhões) e Conceição de Macabu (R$ 3,7 milhões). Também aparecem na lista Resende, Araruama, Barra do Piraí, Silva Jardim e Itaperuna.
O estado produziu 363,8 mil m³ de madeira em tora, 434,4 mil m³ de lenha e 375 toneladas de carvão vegetal. A maior parte da tora (108,8 mil m³) foi destinada à indústria de papel e celulose.
Segundo Mauro Andreazzi, supervisor das Pesquisas Agropecuárias do IBGE no Rio, a silvicultura tem impacto econômico e ambiental relevante: “Esse tipo de cultivo ajuda a preservar florestas nativas ao oferecer matéria-prima renovável e reduzir a pressão sobre ecossistemas mais frágeis”.
A pesquisa também mostrou o domínio do eucalipto na silvicultura fluminense, que ocupa 27,4 mil hectares do total de 27,6 mil hectares cultivados. Resende lidera com 8,4 mil hectares de eucalipto, seguido por São Pedro da Aldeia (1,3 mil ha) e Santa Maria Madalena (1,1 mil ha).
Realizada anualmente, a PEVS é a principal fonte de estatísticas sobre a exploração de recursos florestais no país e auxilia na formulação de políticas públicas para o setor.

